11/07/2007

Primavera Sound 2007 - Barcelona

SEXTA-FEIRA, 1º DE JUNHO

Bom, depois de chegar ao hostel as 6 e ter que me levantar as 10 para a moça da limpeza fazer seu trabalho, comi algo, matei tempo procurando um óculos escuro e voltei as 14 para completar o sono.

Já no festival, cheguei ao final do show do Portastatic, mas sacrifiquei as duas últimas músicas em nome da cerveja. Copo na mão, vou ao que tá mais perto e começando naquele momento, The Rakes.


The Rakes – Os preferidos da veadagem

Esse show dos Rakes foi o mais perto que eu cheguei de um enviroment portoalegrense, por aqui: rockzinho meia boca e pessoas demasiadamente preocupadas com sua aparência rockstar. E se os rockers estavam dominando, as bibas estavam marcando presença também. Não sabia dessa preferência dos gays pelos Rakes, mas depois do show não restou dúvida. Tirando a platéia, o show até que tava bacaninha.


"22 Grand Job! Uhuuu!"


Blonde Redhead – Fodão mesmo com um lenço no pescoço

Um dos shows que eu mais esperava. E não decepcionou. 23 e Dr. Strangeluv são ainda mais fodas ao vivo e ainda teve pérolas dos outros discos, como In Particular. Momento de deprê forte: Dr. Strangeluv “namorando” sobre o palco é sacagem :(


Contar dinheiro na frente de pobre é pecado


Beirut – Backstreet Boys dos Balcãs

Por algum motivo, talvez falta de informação ou falta de contatos no mundo indie, eu acreditava que Beirut não era das “bandas” mais pop do festival. Me enganei feio. Cheguei meio cedo em frente ao palco, depois de pegar uma ceva, me escorei na grade e fiquei esperando. Em questão de 10 minutos eu tava rodeado de mulheres. Não só mulheres, claro, mas grande parte do público era mulher, e isso se notou quando o tal Zach Condon entrou no palco. Gritaria. Pura e simples. Mesmo quando ele sacudia o trompete pra tirar a BABA, elas gritavam. No mais, baita show.


O bonitão é o piá do meio


Modest Mouse – Doin’ the Cockroach. Ou não.

Eu tava pilhado pro show do Modest Mouse. Isso até o meu corpo fazer questão de me lembrar que eu havia passado o dia anterior inteiro de pé, tinha dormido mal, e passado esse dia inteiro de pé também. Me deitei na grama, em um barranco kinda longe do palco. E os Rakes tiveram a mesma idéia. A merda foi que o show lotou, e pessoas ficaram de pé na minha frente. Ainda assim, meu cansaço não permitia reclamações. Me restou ouvir deitado Float On, Bury Me With It, Doin’ the Cockroach e essa Dashboard, que é legalzinha.


Baita show...



E os Rakes também curtiram


Low – Deprê outra vez

Por vezes a vida nos obriga a fazer escolhas, assim, após o show do Modest Mouse, aproveitei o êxodo de pessoas que iam para o show do Girls Against Boys para me acercar um pouco mais ao palco para assistir ao show do Low. Não muito mais, afinal eu ainda queria estar sentado. Na verdade, eu e todos os casais do festival. Low + aglomeração de casais + 9000km de distância da mulher amada = depressão.


Nhé


Built to Spill – Execução ISO 9000

Esse era um show que não dava pra ver sentado. Mexi o meu traseiro gordo, fui pra frente do palco, onde está o FUZUÊ e aguardei. Logo chegaram os barbudos trazendo os instrumentos, cabos e pedais. Nada de roadies, exceto para trazer a bateria. Depois de alguns problemas técnicos a coisa foi. E bom, tirando todas as obviedades que podem te chamar a atenção em um show do BtS, se destaca o quão igual às versões de estúdio as músicas são executadas ao vivo. E os agradecimentos também são iguais aos do Live.


Como diria o bêbado do meu lado: "Rock'n'Roll, Doug!!!"


Ainda tinha o Hot Chip, mas minhas costas vetaram esse show. Peguei o metrô indie das 5 e de volta ao albergue, que no outro dia tinha Sonic Youth e Battles.